Ser solteiro é bom, mas já tentou ter um relacionamento de verdade?

É sério. Sempre gostei da minha vida de balada. Dormia o sábado inteiro para estar bem para aguentar a noite, bebia horrores, dançava até não aguentar mais, conheci caras, dava meu número de telefone errado para todos eles, porque eu sempre soube que nada que começa numa balada pode dar certo. Ok, há exceções, eu tenho uma prima que casou com o cara que ela conheceu na balada, mas é uma em um milhão, convenhamos. 

E aí eu adorava isso. Nunca me apaixonar, não levar ninguém a sério, não ter que dar satisfações e não ter que dar “bom dia” todo dia de manhã no whatsapp. E aí você chegou. 

 

É claro que você não é o meu primeiro relacionamento sério, porque eu também gostava de namorar, mas com você é diferente. Eu sempre associei namoro com peso e as vezes, obrigação. Eu sou a primeira a levantar a bandeira de que se você não está feliz não deve seguir em frente com algo que sugue a sua energia, mas eu sou insistente, e pior, acredito no amor. 

 

Ter um relacionamento de verdade não tem peso e nem obrigações. Demorei 22 anos pra aprender isso, mas cá estou, feliz. Você não se obriga a responder aquela mensagem de “bom dia” porque isso é automático, já que você tem vontade de conversar todos os dias e contar o que está fazendo, não por obrigação, mas por partilhar a vida com outra pessoa. Não rola aquela vontade de sair por aí nas baladas da vida, sozinha, não por me sentir presa, mas por realmente gostar da companhia. Os almoços de domingo na casa da sogra também não são chatos, são uma delícia, porque você, além de ser tudo isso, ainda tem uma família incrível. Ainda bem, porque ninguém merece sogra chata, obrigada, de nada. 

 

Até ficar doente com você é legal. Você fala que “tudo bem a gente não ir no aniversário do meu amigo, a gente fica em casa assistindo netflix”e aí eu me apaixono, porque não tem como né? E também tem aqueles dias que você quer muito assistir jogo – e eu odeio futebol – mas tudo bem, pode assistir que eu vou ler meu livro. 

 

Ter um relacionamento de verdade é assim, uma troca diária, sem pesos, sem cobranças, com vontade de construir algo juntos ou simplesmente passar os domingos coladinhos. É não se incomodar com o silêncio e estar sempre ali para apoiar as decisões e projetos pessoais. 

 

Gabrielli Mendes

As miudezas de amar

Vamos conhecer aquele restaurante novo que abriu na paulista? A gente vai no cinema nesse final de semana. Qual a sua vontade hoje? Você prefere frango com catupiry ou portuguesa? Você acha que a gente deve ir em que shopping? Vamos conhecer aquela sonheria que abriu em Moema? Amanhã a gente vai levantar cedo pra ir no parque. Tantas promessas, programas gostosos sendo arquitetados pra na hora H a gente não se importar nem um pouco com onde estamos, quem está com a gente, que horas são ou que horas temos que voltar. É como se o mundo se resumisse a nós. É como se a vida só fosse realmente aproveitada se tiver o outro ao lado pra participar, rir, tirar umas fotos e fazer uns snapchats enquanto você está bêbada. 

Decide o que você quer ver. Não, da ultima vez eu que escolhi. Você é a minha prioridade. Eu nunca vou te deixar. Eu sei que a gente vai casar. Onde você estava? Senti sua falta. Voce roncou essa noite. É como se cada detalhe fizesse parte de um conjunto do qual eu jamais viveria sem, a partir do momento que escolhi te ter e ser sua. 

Onde você estava? O problema é ela. Porque você vai ter que falar com ele? Você que sabe. Faz o que você quiser. Não importa. Eu não ligo. A escolha é sua. É como se cada briga fosse um teste de Deus pra ver o quanto a gente realmente foi feito um pro outro e de vez em quando, essas brigas servem pra coisas boas, a gente ri depois. 

Nunca mais fala isso. Eu te desculpo. Você me magoou. Bem legal ouvir isso. Me perdoa. Eu vou guardar isso, viu? Me dá um abraço. Você não vai me beijar? Você sabe que a culpa é sua. Mas eu te desculpo. Não vai mais acontecer. Você é minha. Pra sempre. ❤

Gabrielli Mendes

Obrigada por ser exatamente como você é!

Eu não sei o que é, eu só sinto. Sinto toda vez que você sorri, toda vez que a gente está dormindo de conchinha e eu falo que seu braço está pesado e aí você me abraça mais forte, toda vez que eu começo a reclamar muito de alguma coisa e você vem e me beija, toda vez que a gente está assistindo algo juntos e você apoia a sua cabeça no meu ombro e fica se mexendo até eu fazer carinho, toda vez que você me irrita e logo em seguida vem me agradar, toda vez que a gente ri muito de alguma coisa idiota, toda vez que eu estou com você. 

E eu não aceitaria nada em troca dessa coisa que todo mundo chama de amor, que a gente sente, nem por um milhão de reais, uma viagem pra Disney, Paris ou New York. Eu não trocaria, por nada nesse mundo. 

Eu não sei como eu posso ter tanta certeza, mas a gente nasceu um pro outro. A gente viveu até hoje vivendo coisas que nos prepararam pra chegar até aqui e cada um ter a sua bagagem, pra que a gente pudesse viajar juntos. E a sua não é mais pesada do que a minha, apesar dos nossos erros terem sido tão diferentes. A gente errou pra acertar juntos. 

Eu sei, você sabe que é de você que eu to falando quando você estiver lendo isso, mas a verdade é que eu só quero dizer obrigada. Obrigada por ser exatamente como você é. Com seu cheiro, jeito de falar, sorriso, jeito de fazer manha, de pedir as coisas, de dar cor a minha vida, de ser gentil com todos, de ser do tipo de pessoa que todo mundo gosta, dos beijos, carinho, jeito de provocar, de amar, de ser assim, do jeitinho que você é. 

Gabrielli Mendes

O homem com coração congelado

De repente ele virou uma pessoa fria, feita de gelo e com o coração congelado. Sem brilho nos olhos, fogo na alma ou qualquer sinal de entusiasmo. Não regava mais as plantas e fazia questão de raspar a barba todos os dias, porque ela amava barba e parecia que ela estava presente em cada fio que surgia no rosto.

Dormia a maior parte do tempo pra ver se conseguia fugir dos pensamentos, mas não adiantava, porque ela sempre aparecia em seus sonhos. Linda e com aquele vestido transparente que ela usava na balada que eles se encontraram pela primeira vez. Ai ele acordava e quebrava alguma coisa que lembrava ela: os cds de musicas alternativas, os livros foram rasgados, os quadros que ela pintava estavam todos no chão.

Os amigos ja tinham tentado fazer de tudo, levá-lo para todos os lugares, apresentar novas pessoas, mas nada adiantava. Ninguém conseguiria derrete-lo como ela fez quando sorriu pra ele pela primeira vez. É assim quando alguém perde alguém que amava de verdade, o coração só se derrete se ela voltar, ou ele se aquece se alguém for capaz de fazê-lo esquecer.

Por enquanto ele ainda vai sonhar com os sorrisos, o cabelo preto, o vestido transparente, os beijos e a voz dela ecoando pela casa cantando alguma música ruim. Cartas foram escritas em uma época que ninguém mais escrevia, flores enviadas, pedidos de desculpas, plantões na porta da casa dela, mas nada a fazia derreter.

Ele a congelou com a mesmice do dia a dia, as meias palavras e a falta de entusiasmo. O coração dela estava congelado, tanto quanto o dele.

Gabrielli Mendes

A pressa de viver o futuro

Hoje em dia as pessoas tem uma incrível ansiedade de viver. Quando a gente tem 12 anos pensa nos 15, quando tem 15 pensa nos 18, quando tem 18 pensa nos 21 e quando tem 21 pensa nos 25 que é quando a gente normalmente se forma. E nesse meio tempo será que a gente VIVE mesmo? 

Sempre projetamos uma perspectiva para o futuro. No colégio a gente só quer chegar na faculdade, e na faculdade a gente só quer sair dela depois de um tempo e o mais rápido possível.

Quando eu tinha uns 12 anos falava que eu iria me casar com 22 e ter filhos com 25, sim eu era louca, mas conversando com as minhas amigas eu descobri que elas também tinham esses planos. Porque quando a gente é menor a gente acha que a vida é simples e temos um plano e que nenhum percalço vai ocorrer no caminho. Hoje aos 21 eu estou bem longe de casar e eu vejo filhos, mas para daqui uns 10 anos talvez. Quando eu era mais nova eu achava que iria ter uma casa só pra mim logo que começasse a faculdade, mas infelizmente a inflação não é compatível com os nossos sonhos, ganhamos pouco e as coisas custam caro, além do que a vida é muito difícil e ‘morar sozinho’ não significa simplesmente se deslocar para um lugar só seu, junto com isso vêm as contas de água, luz, IPTU, IPVA, aluguel… 

Mas o foco desse texto não sou eu, nem a minha vida e nem o meu ‘eu’ aos 13 anos. Esse texto é sobre todo mundo que faz planos e não vive. A gente sempre quer algo para o futuro, mas na verdade quem pode nos garantir que chegaremos lá? Viver o hoje é difícil mesmo, criamos expectativas porque queremos crescer, melhorar, sermos independentes, mas enquanto isso estamos realmente vivendo? 

Se você parar para conversar com alguém e perguntar se essa pessoa está satisfeita com a sua vida, ela nunca vai te responder “Sim, estou ótimo como estou”. Ela pode dizer isso, mas com certeza uma hora vai dizer “Ah, mas eu quero fazer isso, ter x de dinheiro para comprar isso…”. Eu não acho errado pensar no futuro, eu também penso e MUITO, já falei aqui que sou movida a sonhos, mas não podemos viver no futuro. 

Viva o hoje, o futuro é agora e quem você é, você é hoje. É por isso que tem muita gente por aí que se sente fracassada, cria uma expectativa que as vezes não consegue alcançar e vira alguém amargo e anti sonhos.

A nossa vida é hoje e ela pode ser incrível se quisermos e fizermos o que está ao nosso alcance para que ela seja melhor. Melhor a cada dia e não melhor daqui a cinco anos, combinado?

Gabrielli Menndes

Os retornos do amor

Sentir-se magoado é tipo uma via de mão dupla. É uma comparação estranha, eu sei, mas pensa comigo: você vai pela direita com as suas ideias e o outro vai pela esquerda. Vocês nunca vão se encontrar, a não ser que peguem o retorno e resolvam seguir a mesma direção.

Um relacionamento funciona assim. Cada um com as suas ideias e direções, mas uma hora ou outra um dos dois vai ter que fazer o retorno e deixar o que tem do outro lado para trás.
Você vai viver abandonando coisas que poderia vivenciar se fosse uma pessoa sozinha, mas você escolheu ter alguém. Ao mesmo tempo que você deixa de viver as experiência, você também vive momentos que não viveria se não tivesse esse alguém.

É complicado, mas você vai passar por isso se quiser ter um relacionamento. E se tem uma coisa que eu aprendi é que a gente vai viver fazendo retornos, ao mesmo tempo vai conhecer um outro mundo, e precisam seguir a mesma direção.

A recompensa é valiosa se for a pessoa certa. Cansei de fazer um retorno pra encontrar um destino medíocre que não valia a pena, indo na direção da pessoa errada. Mas que bom que eu fui por esse lado, afinal os caminhos que eu segui me trouxeram na direção da pessoa certa.

Como eu sei que é a pessoa certa?
Simples, eu quase nunca faço retornos, a gente caminha juntos. E nesse caminho eu só encontro coisas boas, experiências fantásticas, pessoas incríveis e uma quantidade imensurável de amor. Esse caminho é regado de boas energias, luz, uma atração inexplicável e felicidade.

Você sabe que é a pessoa certa quando seu coração está em paz, quando você dorme tranquilo com a certeza de que está vivendo o seu conto de fadas. E quer saber? O seu conto de fadas é muito melhor do que qualquer filme da Disney. E o seu príncipe pode até não ter um castelo ou um cavalo, pode não ser um gentleman, pode não ter ouro pra te oferecer, mas é ele quem acalma teu coração e é com ele que você quer viver feliz para sempre.

Gabrielli Menndes

Você.

Eu me apaixonei por cada detalhe seu. Não pelo seu sorriso, mas pelo jeito que você sorri para mim. Não pela cor profunda do preto dos seus olhos, mas pela maneira que eles brilham quando você olha pra mim.
E quando eu te pego me observando enquanto eu estou concentrada fazendo algo? Eu me apaixono ainda mais.
É lindo a maneira como você me olha e enxerga a minha alma de uma maneira que ninguém mais consegue enxergar. Porque não basta só olhar, quem ama realmente enxerga além do que transparece.

A primeira vez que você disse que me amava, quando a gente estava saindo de uma festa e eu estava meio bêbada e não te respondi, foi porque a minha respiração e o meu coração pararam. Eu já te amava há muito tempo, mas ouvir de você me fez queimar por dentro.

O mais legal de tudo é que a felicidade só cresce. A magia que há entre duas pessoas que estão conectadas por seus corações é indescritível e não pode ser compreendida por aqueles que não conhecem o amor.

Por onde quer que eu ande algo me lembra você. Seja um dia de sol com todos os motivos para ser um bom dia, ou um dia chuvoso que me lembra o quanto é bom estar debaixo das cobertas com você. Você, você, você, quatro letrinhas que mudaram a minha vida e me mostraram uma felicidade excepcional.

Gabrielli Menndes

Ela – Relato de um homem apaixonado

É quase um pecado o que ela faz comigo. Pedi um amor pra Deus e ele me mandou um enigma. Uma mulher cujos olhos tem um brilho que eu não consigo decifrar. Eu sou um incapaz perto dela, parece que tudo que ela toca vira ouro. Ela é a minha mulher de ouro, só que o ouro é medíocre ao lado dela. O mais belo dos diamantes não tem metade do brilho do sorriso que ela tem.

E aah, que sorriso! Quando ela sorri o chão se abre, o céu fica claro ás 03:00 da madrugada, é mais radiante do que o sol. Na criação Deus deve ter tirado um dia inteiro só pra fazer esse sorriso perfeito e que eu tenho a sorte de ver todos os dias. Quando ela chora meu coração imediatamente se quebra em milhões de pedaços, porque eu não mereço nenhuma lágrima dela. E que corpo meu Deus! Para completar elas teria que ser a mulher mais linda que eu já vi. Por dentro e por fora, ela é a definição de beleza… 

Quando eu acordei, virei pro lado e vi que essas minhas palavras não passavam de um sonho, mas que sorte a minha, eu tinha uma mulher perfeita ao meu lado. Cheia de defeitos, longe de ser perfeita quanto essa da minha narrativa, mas perfeita pra mim e isso basta. Quando eu olho pra ela vejo que Deus deve ter dedicado o oitavo dia só pra ela, e que sorte a minha, quando ela acorda a primeira coisa que ela faz é sorrir pra mim, quando ela percebe que eu não consigo tirar os olhos dela. 

Eu não sei o que foi que ela viu em mim, mas ela viu além do que as outras pessoas podem enxergar. Eu sou invencível ao lado dela, ela me traz paz. Já fui muito magoado, já conheci mulheres de todos os tipos, aliás, eu achava que tinha conhecido até encontrá-la e ver que eu só estava ensaiando sobre como viver um amor e ela me mostrou que não era nada disso que eu estava pensando. Todos os dias eu aprendo algo novo, todos os dias ela me mostra porque eu a escolhi e eu nunca me arrependo. 

– Gabrielli Menndes

A proposta do guarda-chuva

Segunda-feira, lamento nos pensamentos o fim do fim de semana. Tudo que é bom dura pouco. Observo o transporte público, decadente e em época de eleições é impossível não pensar o quanto somos enganados e o quanto o jatinho da “presidenta” deve ser mais confortável do que o ônibus no qual me encontro. 

Desço no mesmo ponto de sempre e pelo menos hoje o dia de trabalho está bonito, com um sol de uns vinte e cinco graus às oito da manhã. Meus pensamentos são interrompidos por uma cena de duas pessoas vendendo guarda-chuvas.
Estariam eles fazendo um chamado pela chuva que não dá as caras há muito tempo em São Paulo? Está calor, porque eu quero um guarda-chuva?
De repente uma mulher para e observa os dois vendedores, um homem e uma mulher. Imediatamente os dois começam a fazer propagandas de seus respectivos produtos e – pasmem – eles eram da mesma marca e qualidade, inclusive o preço era o mesmo. 

Os dois diziam que seus guarda-chuvas era melhores por “n” motivos, pareciam apresentar propostas do porque eles deveriam escolher seus produtos e logo me lembrei dos presidenciáveis. Um homem e uma mulher, vendendo o mesmo produto, pelo mesmo preço, tudo igual e ganhará quem conseguir convencer com melhores argumentos.

No fim o consumidor vai levar para casa a mesma coisa: Um guarda-chuva que servirá por um tempo, mas nunca aguentará uma forte tempestade e se quebrará. 

Gabrielli Menndes

Nota da autora: Este texto foi produzido para fins acadêmicos. 

 

Volta logo pra Madrid

Corri o mais rápido que eu podia, as lágrimas já não paravam de escorrer e cair, não conseguia segurar. Só parei quando eu não tinha mais fôlego e já tinha sido quase atropelada umas 4 ou 5 vezes porque eu não parava nos cruzamentos e eu talvez quisesse morrer mesmo. Quando dei por mim, tinha corrido até Copacabana e sentei no primeiro banco da praia que eu vi na minha frente.

Olhei pro mar, já era noite e ele estava mais negro do que o normal, talvez porque eu estivesse sombria por dentro.  Cada vez que eu fechava os olhos eu via a imagem que eu tinha certeza que eu jamais ia esquecer: O meu marido e a minha melhor amiga, dormindo pelados na nossa cama.

Acabei de voltar de Madrid, resolvi fazer uma surpresa e quis chegar um dia mais cedo na nossa casa. Eu pensei em simplesmente dar meia volta e sair de fininho, largar todas as minhas coisas e nunca mais aparecer, fingir que eu morri pros dois. Só que eu não consegui e tive que derrubar todos os nossos porta-retratos da cômoda que nós ganhamos de presente de casamento da minha avó. Casamento o qual a minha melhor amiga ajudou a organizar cada detalhe. É claro que os dois acordaram e a partir daí eu só consigo lembrar dos palavrões gritados por mim e da cara de vergonha da minha melhor amiga, quer dizer, ex. E do Bruno agarrando o meu braço e dizendo que não era nada daquilo que eu estava pensando. É, ele nunca foi muito criativo e tirou essa frase das novelas do Manoel Carlos.

E agora eu tô aqui olhando pra esse mar imenso e sem rumo, tentando entender qual a dificuldade em falar a verdade. E se eu for esperar chegar a uma conclusão, vou virar estátua de praia, né Drummond?

Vou chamar um taxi, ir pro aeroporto e voltar pra Madrid, porque meu espanhol ta me esperando e eu recusei ficar porque tinha um amor aqui, um amor de verdade. Eu poderia ficar aqui chorando como eu tô fazendo agora enquanto escrevo isso no meu bloquinho que eu carrego pra cima e pra baixo, mas prefiro ir atrás da felicidade já que nós nos desencontramos mais uma vez. Ou talvez eu tenha a deixado em stand by e ela fale espanhol.

Gabrielli Menndes