Namorar perde a graça?

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Realmente namorar perde um pouco a graça, né? As sexta-feiras ficam menos emocionantes porque, no fundo, a gente sabe que não vai ter que esperar mensagem nenhuma no sofá de casa torcendo para o batom não sair ou borrar. Ele (a) vai estar lá. Com certeza vamos nos ver e, se bobear, escolher o meu lugar favorito para ir. Ou, na maioria das vezes, ficaremos em casa assistindo um filme para dar risada enquanto ficamos comendo besteira.

A gente se arruma menos sim. Sai sem maquiagem. Um pouco descabelada. E não se importa tanto com que os outros vão pensar. Afinal, isso simplesmente não interessa mais. Para algumas, por sorte, nunca interessou. Mas é que a partir do momento que a gente sabe que tem alguém que nos ama exatamente pelo que nós somos, para quê tantas máscaras? Dá para sair de rímel e ser linda sim. Ele pelo menos acha e vive repetindo isso.

Às vezes namorar pode ser perder um pouco a emoção por deixar os joguinhos de sedução e ciúmes de lado e dar lugar para os bons e velhos clássicos. Quem nunca jogou baralho com a família do namorado(a)? Truco? Domino? War? Sei lá. Alguma outra coisa, vocês realmente jogam muito juntos. Nem que seja conversa fora.

Gastamos menos tempo com coisas que duram uma noite e mais com objetos que decoram um quarto, uma sala, um lar ou uma vida. E ficamos ocupadas(os) demais construindo um futuro juntos para ter tanta emoção rotineira que perde a graça quando chega a segunda feira. Mas a maior realidade sobre namoros é que, no fundo, não somos nós quem mudamos, sim nossas prioridades.

Quando era solteira eu achava que namorar era chato. E namorando eu já pensei isso também. Uma vez senti falta daquele frio na barriga que dá quando a gente começa um primeiro encontro. Mas hoje, por algum motivo, eu vejo tudo de um modo diferente.

É que antes eu só via a graça da paixão. Aquela que deixa a gente louca. Sem dormir, comer, falar e pensar direito. Que nos cega e faz a vida parecer um filme de cinema ou seriado do Netflix. Aquela que sua mãe, sua amiga, sua prima e você conhecem bem. Mas, inevitavelmente, aquela que passa. E fico feliz em dizer isso: paixão passa. E toda sua inconstância de emoção junto com o embrulho no estômago também. Eles vão embora e, se você estiver disposta, dão lugar para o amor.

E hoje eu vejo a graça dele. Ele não vem acompanhado de tantos sms, tantos encontros e nem tantas coisas que passam junto com o final de semana. O amor é aquele te faz companhia numa segunda-feira. Que visita sua família no interior. Que te cobre antes de dormir. Que faz sua comida de vez em quando. Que divide a comida favorita e a vida com você.

O amor é aquele que chega manso, nos detalhes que só quem ama e é amado pode entender. Ele é aquele que atende o telefone só para ouvir seus problemas mesmo que não tenha a menor ideia de como te ajudar. Que faz tudo que diz a música ”Namoro bobo” mas com um sorriso no rosto bem ao contrário do que mostra no clipe. O amor é aquele que vai te amar pelo que você é, não pelo que você posta no Instagram ou qualquer rede social.

No fundo namorar perde a graça porque vira coisa séria. É que um sentimento lindo como esse realmente não pode ser levado na brincadeira. Temos a liberdade de escolher todos os dias algo diferente e escolhemos o que acreditamos ser o melhor para gente. Só por simplesmente amar e por saber que não poderia ter escolha melhor que essa. É ter a certeza mesmo sem ter certeza nenhuma. É… não saber o que dizer. Como eu não sei agora. Porque amar vai muito além do que as palavras podem dizer.

E eu espero, de verdade, que você namore alguém que ame. Se não, não vai conseguir me entender.

Autor Desconhecido

A pressa de viver o futuro

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Hoje em dia as pessoas tem uma incrível ansiedade de viver. Quando a gente tem 12 anos pensa nos 15, quando tem 15 pensa nos 18, quando tem 18 pensa nos 21 e quando tem 21 pensa nos 25 que é quando a gente normalmente se forma. E nesse meio tempo será que a gente VIVE mesmo? 

Sempre projetamos uma perspectiva para o futuro. No colégio a gente só quer chegar na faculdade, e na faculdade a gente só quer sair dela depois de um tempo e o mais rápido possível.

Quando eu tinha uns 12 anos falava que eu iria me casar com 22 e ter filhos com 25, sim eu era louca, mas conversando com as minhas amigas eu descobri que elas também tinham esses planos. Porque quando a gente é menor a gente acha que a vida é simples e temos um plano e que nenhum percalço vai ocorrer no caminho. Hoje aos 21 eu estou bem longe de casar e eu vejo filhos, mas para daqui uns 10 anos talvez. Quando eu era mais nova eu achava que iria ter uma casa só pra mim logo que começasse a faculdade, mas infelizmente a inflação não é compatível com os nossos sonhos, ganhamos pouco e as coisas custam caro, além do que a vida é muito difícil e ‘morar sozinho’ não significa simplesmente se deslocar para um lugar só seu, junto com isso vêm as contas de água, luz, IPTU, IPVA, aluguel… 

Mas o foco desse texto não sou eu, nem a minha vida e nem o meu ‘eu’ aos 13 anos. Esse texto é sobre todo mundo que faz planos e não vive. A gente sempre quer algo para o futuro, mas na verdade quem pode nos garantir que chegaremos lá? Viver o hoje é difícil mesmo, criamos expectativas porque queremos crescer, melhorar, sermos independentes, mas enquanto isso estamos realmente vivendo? 

Se você parar para conversar com alguém e perguntar se essa pessoa está satisfeita com a sua vida, ela nunca vai te responder “Sim, estou ótimo como estou”. Ela pode dizer isso, mas com certeza uma hora vai dizer “Ah, mas eu quero fazer isso, ter x de dinheiro para comprar isso…”. Eu não acho errado pensar no futuro, eu também penso e MUITO, já falei aqui que sou movida a sonhos, mas não podemos viver no futuro. 

Viva o hoje, o futuro é agora e quem você é, você é hoje. É por isso que tem muita gente por aí que se sente fracassada, cria uma expectativa que as vezes não consegue alcançar e vira alguém amargo e anti sonhos.

A nossa vida é hoje e ela pode ser incrível se quisermos e fizermos o que está ao nosso alcance para que ela seja melhor. Melhor a cada dia e não melhor daqui a cinco anos, combinado?

Gabrielli Menndes

Sobre perdas e vida.

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Nessa semana eu perdi uma pessoa que eu amava muito. Minha vó, 88 anos e uma linda história de vida cheia de romance, viagens, filhos, netos e coisas boas. É claro que como toda boa história não há só bons momentos, mas é com os bons que a gente tem que se apegar. 

Essa tristeza vai virar saudade um dia, mas eu fiquei pensando em como a nossa vida passa e num piscar de olhos podemos partir. E a minha vó teve sorte por ter vivido tanto, afinal já estava velhinha e sempre foi muito feliz. Mas, eu, você, na flor da idade podemos estar atravessando a rua e sermos atropelados por um ônibus. 

É horrível pensar nisso? Sim. É impossível de acontecer? Não.

Eu já tinha essa ideia de que a gente tem que viver um dia de cada vez, dar o seu melhor nas nossas atividades, fazer o bem, curtir quem a gente ama nos momentos que a gente estiver com essa pessoa, ser uma pessoa positiva. Depois de ver que a vida acaba e a gente nem vê eu comecei a pensar pelo outro lado. E daí que você tem um blog e escreve coisas que não agrada todo mundo? E daí que as pessoas te julgam porque você não segue os padrões impostos pela sociedade? Essa pessoa é você e você não tem que mudar por ninguém. 

Vamos viver como queremos sem se importar com a opinião alheia. E como é importante colocar um ponto final numa briga, não estragarmos uma amizade por qualquer coisa, não ofendermos os nossos pais porque nunca saberemos quando vai ser o último dia. Nunca saberemos quando vamos poder falar o último ‘eu te amo’ para alguém. 

A vida é muito curta para esperar.

Obrigada vó por ter me ensinado mais essa. Vá em paz, amamos você. 

Gabrielli Menndes

Procurei entender ♥

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Procurei entender o que estava acontecendo aqui dentro e cheguei a conclusão que eu não iria conseguir decifrar isso em palavras.

É uma mistura de coisas boas, é um misto de sensações positivas que invadem quando você chega perto. Longe de ser uma simples atração física, é uma combinação de almas, áureas, é algo tão forte que eu tenho a sensação que te conheço de outras vidas. É yin e yang numa combinação tão improvável que deu certo.

São opostos que decidiram que combinar seria a melhor das escolhas e a válvula de escape para os problema e os desafios da vida. São dois que decidiram que ser um só era uma das escolhas mais difíceis, mas também a que traria mais felicidade. É uma guerra pra ver quem é o dono da razão. É entender que a teimosia do outro tem fundamento e dar razão quando você souber que esta errado. É uma rua de mão dupla, onde os dois resolveram seguir a mesma direção. É aceitar os defeitos, qualidades, manias e particularidades.

É transbordar felicidade sem afogar o outro. É deixar fluir naturalmente pra que tudo dê certo, sem promessas de finais felizes, sem final, só ser feliz. É tentar entender e não conseguir, por ser algo tão complexo que todas as palavras do vocabulário juntas não dariam conta e chegar ao clichê que a sociedade inventou: amor.

4 letras que traduzem um mar de sensações. O sentimento mais belo e puro do mundo, quando é sentido de verdade, além da simples palavra.

Gabrielli Menndes